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Entregue ao Meu Espião: ligados através do tempo, #4
Entregue ao Meu Espião: ligados através do tempo, #4
Entregue ao Meu Espião: ligados através do tempo, #4
Ebook195 pages2 hours

Entregue ao Meu Espião: ligados através do tempo, #4

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About this ebook

Um patife, um marquês, um espião... Essas eram partes integrantes da vida de Dominic Rossington, e ele as fazia muito bem. O amor o tira de rumo, e ele fará tudo em seu poder para proteger a única que tem seu coração, Lady Rosanna. O perigo os cerca, e ele terá que colocar tudo em risco para salvá-la.

O coração de Lady Rosanna se partiu quando o único homem, a quem sempre amou, disse que nunca se casaria e que, mesmo que se casasse, ela seria sua última escolha. Pouco depois, seu irmão mais velho morre em um estranho acidente, a deixando enlutada. Durante esse tempo, ela juntou os pedaços de seu coração, e o endureceu.

Lorde Dominic Rossington, Marquês de Seabrook, trabalhava diligentemente como espião para o escritório de guerra. Levava uma vida perigosa, que não tinha espaço para esposa e família. Não poderia, em sã consciência, encorajar Lady Rosanna – mesmo que ela fosse o que mais desejava.

Anos depois, Dominic vê um modo de se livrar de suas obrigações com a coroa e, finalmente, ficar com a mulher que sempre quis. Tudo o que tinha que fazer era completar uma última missão e convencê-la de que era a única mulher para ele.

Será que os dois sobreviverão ao perigoso estilo de vida de Dominic tempo suficiente para reivindicar seu felizes para sempre?

LanguageEnglish
PublisherDawn Brower
Release dateJul 4, 2022
ISBN9798201621179
Entregue ao Meu Espião: ligados através do tempo, #4

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    Book preview

    Entregue ao Meu Espião - Dawn Brower

    Prologue

    Junho 1815

    Lady Rosanna Kendall andou pelo corredor da casa de sua família. Seu irmão, Edward, era o atual Duque de Weston. Tinha herdado o título quando seu pai morreu. Um eco das vozes veio através das paredes. Rosanna parou brevemente, quando reconheceu a voz quem falava com Edward em seu escritório. O Lorde Seabrook estava ali. Dom, ela sussurrou para si mesma.

    Dominic Rossington, o Marquês de Seabrook. Ela o amou de longe por toda sua vida e, agora, ele estava ali, tão perto. Se ousasse entrar no escritório e interromper a conversa, poderia vê-lo, e se fosse sortuda o bastante, talvez tocá-lo.

    Ela ousaria?

    Rosanna avançou para mais perto do cômodo. A porta estava ligeiramente aberta. Espiou pela fresta e um movimento chamou sua atenção. Um borrão de tecido escuro, um pouco de cabelo louro, e então, nada mais. Ela queria uma visão completa de Dom. Ele devia ser o homem mais bonito em toda a criação - cabelos louros gloriosos, olhos cinza, da cor da tempestade, e o rosto de um anjo. Isso é, se um anjo conseguisse dominar os olhares maliciosos que o Marquês dava regularmente.

    Rosanna não era tola. Ele era um libertino de marca maior, e não fazia nenhum segredo de que não procurava uma esposa. Dom encontrava o que desejava nos braços de muitas outras mulheres. Seu coração doía de pensar que ele nunca a amaria da mesma forma que o amava. Um amor não correspondido era sua sina. Afastou a melancolia, e focou na conversa. Não servia de nada cair nessa linha particular de pensamento. Dom nunca seria dela, e era tempo de desistir daquela fantasia. Muitos rapazes tinham se interessado por ela, mas nenhum deles era Dom.

    Gostaria que não se envolvesse com isso, Dom disse. James…

    Não me importo com o que meu irmão falaria, Edward praticamente cuspiu as palavras. Eu sou o Duque de Weston, e posso fazer o que quiser.

    Sobre o que eles estavam discutindo? O que aquilo tinha a ver com James? Rosanna não tinha visto seu outro irmão, gêmeo de Edward, fazia alguns anos. Ele havia se alistado na Cavalaria e ido lutar na guerra contra Napoleão. Morria de medo de que, um dia, recebessem uma notícia horrível sobre ele. Era duro pensar que pudesse estar gravemente ferido, ou - ela engoliu seco - morresse em combate. Dom era o melhor amigo de James. Se não fosse pela amizade deles, não teria tido a oportunidade de conhecê-lo. Ela conhecia um lado dele que nenhuma de suas amantes conhecia. Ele era engraçado, protetor, e leal àqueles com quem se importava. Aquele era o homem por quem tinha se apaixonado. Rosanna era vaidosa o bastante para admitir que a primeira coisa que chamou sua atenção foi o rosto dele, mas, depois que passou da beleza estonteante e conheceu a alma dele, tudo mudou.

    Um barulho alto a levou de volta à realidade. Ecoou através do quarto como se algo tivesse batido na parede. Rosanna desencostou da parede rapidamente, e abraçou o próprio corpo.

    Você é um tolo, Dom gritou. O que você fez…

    Eu não fiz nada que você não teria feito.

    Há uma diferença e é melhor que perceba isso antes que cometa um erro que não possa reparar. A voz de Dom estava dura, de uma forma que Rosanna nunca tinha escutado antes e, involuntariamente, se encolheu. Levou a mão ao peito e tentou acalmar seu coração, que batia rapidamente. O que será que Edward tinha feito? Diga-me o que seu plano absurdo descobriu.

    Aqui não, Edward disse. Você nunca sabe quem está escutando.

    Ela deu um passo para trás e abraçou a parede. E se ele a viu pela fresta da porta? Os dois a criticariam por escutar a conversa deles, caso ela fosse pega. O que Edward estava escondendo? O que o deixou tão nervoso? Deveria ficar preocupada? Dom parecia estar irritado com seu irmão, e Dom nunca havia levantado a voz antes. Era sempre despreocupado e agradável. Se Edward não queria discutir em casa, devia ser um assunto muito sério. Ela deveria sair dali, antes que saíssem do escritório. Ambos ficariam irados se descobrissem que estava por perto.

    Algo que você deveria ter considerado, antes de seguir uma pista que poderia levar à sua morte.

    Não seja dramático, Dom. Isso é improvável de acontecer.

    Será que Dom estava certo? Será que Edward tinha feito algo que poderia colocar a própria vida em risco? Tinha passado tanto tempo preocupada com a segurança de James, e talvez estivesse rezando pelo irmão errado. Rosanna saiu de perto do escritório e foi em direção à biblioteca. Era próxima o bastante do escritório de Edward, para que escutasse quando saíssem - ficava apenas algumas portas de distância.

    Ela estancou quando percebeu que a biblioteca não estava vazia como esperava. Lady Callista Lyon, Condessa de Marin estava sentada ali, lendo um livro. Olhou para acima quando Rosanna entrou. Seus olhos verdes-escuros se acenderam quando encontrou com o olhar de Rosanna. Callista era noiva de seu irmão Edward. Estavam de casamento marcado para dali uma semana, e o casamento seria na mansão Weston. Todos estavam programados para viajar para lá, no meio da semana.

    Sinto muito tê-la interrompido, Rosanna disse. Pensei que a biblioteca estava desocupada.

    Eu agradeço a intromissão, Lady Callista disse e baixou seu livro. Eu pedi à minha empregada que buscasse minha capa. Já passa da hora de eu voltar para casa.

    Era incomum a noiva de Edward estar na biblioteca. Não era de bom tom. A Condessa estava na beira do que se podia chamar de comportamento aceitável, ficando ali sozinha. Ela não teria sido tão ousada, no passado. O que estava pensando? Talvez a proximidade do casamento a estivesse fazendo correr riscos que antes não correria. Ela era muito independente, e viúva, mas isso não significava que podia ignorar o que seus atos poderiam fazer à sua reputação.

    Rosanna não conhecia Lady Callista muito bem. Tinha se casado com o Conde de Marin quando tinha dezenove anos, e então, o Conde morreu, seis meses depois do casamento. Não fazia mais de um mês que tinha saído do luto, e já chamou a atenção de Edward. Não era nenhuma surpresa o porquê. Lady Callista era linda. Tinha lindos cabelos castanhos, olhos de um tom de verde que nunca tinha visto antes, e seu rosto era primoroso. Rosanna desejava ser tão graciosa e equilibrada quanto ela. Não sentia que teria afinidade com ela, como teria com um membro da família.

    Eu trouxe sua capa, milady, a empregada de Lady Callista disse quando entrou no cômodo. Você deseja partir agora?

    Está indo embora? Edward entrou no cômodo. Eu não percebi que era tão tarde. Sinto muito tê-la deixado sozinha.

    Está tudo bem. Eu me entretive. Nós podemos discutir os planos do casamento na viagem para a sua propriedade em alguns dias. Callista assentiu para sua empregada. A jovem a cobriu com cuidado. Vou me despedir, então.

    Edward assentiu. Parecia que Rosanna nem estava ali. Vou te acompanhar até lá fora.

    Foi tudo tão rápido que não notou o que aconteceu. Lady Callista e Edward saíram da biblioteca sem pedir licença. O relacionamento de Edward com Lady Callista era tão... estranho. Não conseguia entender o que a incomodava naquilo. Talvez nunca entendesse. Em sua experiência, era difícil entender verdadeiramente o que se passava entre duas pessoas. Apenas quem estava dentro da situação que conseguia perceber todas as nuances. Talvez, algum dia, ela dividisse essa experiência com alguém.

    O que está fazendo aqui sozinha?

    Rosanna virou e encontrou o olhar de Dom. Ela reprimiu um suspiro ao vê-lo. Era aquilo que queria - tempo para poder olhar aquela beleza masculina e escutar a voz que a fazia estremecer. Nunca se cansaria de ficar perto dele.

    Edward saiu para acompanhar Lady Callista até a porta. Ultimamente não tenho sido digna de um olhar do meu irmão. Ela inclinou a cabeça e o observou. O que faz aqui? Talvez estivesse sendo insolente, mas não conseguia evitar. Não conseguia ser formal quando era em relação a Dom. Por que ele não tinha ido embora antes do irmão dela ter ido até a biblioteca?

    Será que Edward e Dom tinham planos para ir a algum lugar, mais privativo, para discutir a descoberta de Edward, depois que Callista fosse embora? Edward deve ter esquecido da noiva repousando na biblioteca, enquanto ele e Dom discordavam sobre... sobre o que quer que fosse que o irmão tolo dela tenha feito. Não tinha dúvidas de que ele tinha feito algo errado; Edward podia ser muito impulsivo.

    Eu tenho negócios com seu irmão, chata. Ele andou pelo cômodo. Mas posso lhe fazer companhia até que ele volte.

    Não é necessário. Por mais que o amasse, e adorasse estar em sua companhia, Rosanna tinha medo de que confessaria seu sentimento num momento de fraqueza. Ele a transformava em purê, e seus pensamentos não estavam muito diferentes. Sou capaz de passar tempo sozinha.

    As pálpebras dele desceram enquanto ele a olhava. Uma linda mulher nunca deveria ser deixada sozinha. Que graça teria?

    Ele estava? Não, ele não poderia. Dom parecia estar flertando com ela. Que tipo de jogo ele estava fazendo? Ela não ousaria ter esperança de que ele quisesse cortejá-la de maneira apropriada. Ele nunca tinha mostrado interesse nela. E não começaria agora. Deveria ter alguma razão para que ele falasse dessa maneira tão familiar.

    Não sou uma de suas garotas fáceis, ela disse severamente. Não fale comigo como se eu fosse.

    Dom deu um passo para trás, como se ela o tivesse estapeado. A cor do rosto dele se esvaiu. Eu nunca...

    Eu espero que não. Rosanna ergueu o queixo, de forma arrogante. O tom de voz dela estava cheio de amargura, que não conseguia controlar. Provavelmente porque ela não acreditava que ele a considerasse algo mais do que a irmã de seu amigo. Era tarde para voltar atrás, então continuou falando, sem perceber seu erro. Tenho intenção de me casar, e toda a sociedade sabe como você se sente em relação a tomar uma esposa.

    Isso eles sabem, ele disse, irônico. Ele a olhou de cima a baixo, com uma vagarosa e excruciante precisão. Posso lhe garantir, não só não pretendo me casar, como você seria a última dama que eu consideraria para ser minha esposa.

    Ele se virou nos calcanhares, e a deixou sozinha. Idiota - o que ela tinha feito? A palavras dele destruíram seu coração em milhões de pedacinhos. Ela o tinha afastado para sempre. Quando aprenderia? Aparentemente, podia ser tão imprudente quanto seu irmão rebelde, quando tomando decisões apressadas. Ela tinha sido irracional, e não poderia culpar Dom, se ele nunca a perdoasse. Ele não tinha feito nada desagradável. Dom era, bem, Dom; não tinha um osso maldoso em seu corpo. Talvez Rosanna nunca se recuperasse de sua tolice.

    §

    Rosanna estava sentada na biblioteca em que Dom a tinha visto pela última vez. Já tinha passado dois dias desde que a tinha visto? Ela era tão linda quanto ele se lembrava, e igualmente intocável. Seus cabelos escuros estavam presos em um coque elaborado, no topo da cabeça, e seus olhos violetas o hipnotizavam enquanto ela o observava com uma fria eficiência.

    Lady Rosanna, Dominic Rossington, Marquês de Seabrook, disse com uma reverência. A discórdia entre eles ainda era palpável, sempre que estavam juntos podia-se notar. Ela tinha sido tão calorosa e receptiva no passado, mas aquilo tinha mudado com apenas algumas palavras impensadas direcionadas a ela. Ele se arrependia de tê-las dito, e do modo como as disse. Mas aquilo não mudava as circunstâncias. Rosanna precisava entender que ele nunca se casaria. Ele não era tolo, e estava muito ciente do apego dela. Em um mundo diferente, ele ficaria feliz, e até empolgado com a perspectiva de tê-la como esposa, mas sua vida não tinha espaço para uma. Sinto muito interromper, mas tenho notícias que preciso dividir com você.

    Não manterei você aqui. Diga o que tem a dizer, já que sei que sente repulsa de minha companhia. A voz dela estava rouca, com uma emoção que ele não conseguia decifrar. Ela o olhou, com desafio. Acredito que eu seja a última pessoa com quem você queira ter uma conversa.

    Aquilo devia ser sobre a última conversa que tiveram - de ela ser a última mulher com quem ele se casaria. Nenhuma jovem gostaria de escutar aquelas palavras. Dom tinha sido o pior dos canalhas de tê-las dito em voz alta. Mas ele as quis dizer, só que não pelas razões que ela acreditava. Lady Rosanna Kendall era boa demais para ele. Ele não a arruinaria, passando muito tempo em sua companhia. Ela merecia um marido que a adorasse e que cuidasse dela. Alguém que não tivesse a mesma reputação que ele tinha cultivado nos últimos anos.

    Posso te prometer, eu não a desprezo, de maneira alguma. Ele franziu o cenho. Ela foi a única mulher que o fez sentir mais do que deveria. Mas ele não poderia dizer isso. Era melhor que ela o odiasse. Você precisa ir para à mansão Weston pela manhã, e eu tinha que lhe dizer...

    Como ele poderia dizer aquilo? Ela ficaria devastada com a notícia. A família inteira ficaria. E James? Como ele diria ao seu melhor amigo que ele era responsável pelo que aconteceu a Edward. Se ele tivesse conseguido impedi-lo de fazer aquelas investigações idiotas...

    O que foi? Rosanna se inclinou para frente e o observou. Normalmente você não fica sem palavras.

    Dom não queria magoá-la, nunca teve a intenção de machucá-la. As palavras, que estavam presas na garganta dele, certamente causariam dor, mas teria que dizer antes alguém o fizesse. Ela deveria escutar a novidade de alguém que se importasse, com ela e com a família dela.

    Houve um acidente...

    Rosanna se levantou e andou na direção dele. Aconteceu algo a James?

    Claro que ela tiraria aquela conclusão. Por que não o faria? Ele estava lutando na guerra. Dom balançou a cabeça. Não foi com James.

    Com quem então? Ela exigiu. Está me assustando.

    Dom

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