De acordo com uma nova pesquisa da McKinsey, cerca de 1/3 da força de trabalho brasileira considera deixar seus empregos nos próximos 3 a 6 meses. Os principais motivos são falta de oportunidades de desenvolvimento e remuneração inadequada. Os dados podem parecer surpreendentes em um contexto nacional, em que 65 milhões de pessoas estão fora da força de trabalho, a taxa de desemprego chega a 10% e 30% dos jovens estão sem emprego formal.
Mas, o fato é que, desde a pandemia, as relações de trabalho nunca mais foram as mesmas. Após um primeiro momento desafiador, dois movimentos têm ganhado força. O primeiro é a grande evasão – onde as pessoas pedem demissão mesmo sem ter um segundo emprego em vista. Quando a demissão não é uma opção, muitos decidem pelo segundo movimento, chamado de desistência silenciosa, ou quiet quitting, que está ocorrendo principalmente entre os jovens e consiste em fazer apenas o mínimo necessário para manter sua função. Esses movimentos são mais fortes nos Estados Unidos e Europa, mas também chamam a atenção no Brasil. Para falar sobre como as empresas podem evoluir da evasão para a atração e discutir tendências, implicações e oportunidades, no próximo episódio do McKinsey Talks teremos conosco um dos maiores especialistas globais em gestão de pessoas, Bill Schaninger, sócio sênior da McKinsey na Filadélfia e um dos autores do estudo que virou referência sobre o tema. E, para tangibilizar as tendências globais considerando a realidade brasileira, também teremos conosco Fernanda Mayol, sócia da McKinsey no Rio de Janeiro, líder da Prática de Gestão de Pessoas no Brasil e uma das responsáveis por conduzir o estudo no Brasil.