30 min listen
Como o discurso de ódio abastece a violência eleitoral?
Como o discurso de ódio abastece a violência eleitoral?
ratings:
Length:
27 minutes
Released:
Jul 12, 2022
Format:
Podcast episode
Description
Aos gritos de "Aqui é Bolsonaro" o agente penitenciário federal Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de 50 anos do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), o guarda municipal Marcelo de Arruda, e atirou nele, que morreu na madrugada deste domingo. Em outro caso, três dias antes, André Stefano Dimitriu Alves de Brito, de 55 anos, se infiltrou num comício do ex-presidente e pré-candidato Lula (PT) na Cinelândia, no Rio, e atirou um artefato explosivo com fezes em meio aos apoiadores. No dia 15 de junho, em Uberlândia (MG), um drone sobrevoou um evento em que Lula se encontrou com o pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), lançando "água de esgoto" nas pessoas que lá estavam. Nas últimas eleições à presidência, em 2018, Jair Bolsonaro, então candidato à presidência pelo PSL, levou uma facada quando visitava a cidade mineira de Juiz de Fora. Naquele mesmo ano, o empresário Carlos Alberto Bettoni teve traumatismo craniano após ser agredido por apoiadores do ex-presidente Lula, em São Paulo, após manifestar-se contra petistas que deixavam o local. Também em 2018, a caravana de Lula foi alvo de tiros no interior do Paraná. No Ao Ponto desta terça-feira o cientista político Felipe Borba, que é coordenador do Observatório da Violência Política Eleitoral, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), analisa como o discurso de ódio tem influenciado a violência eleitoral neste ano e avalia de que forma os líderes políticos do país têm papel decisivo para alimentar ou frear o cometimento de crimes durante a campanha.
Released:
Jul 12, 2022
Format:
Podcast episode
Titles in the series (40)
Como a lei trata as omissões, falhas e desvios no alvo da CPI?: Antes mesmo do início da CPI da Covid no Senado, já era notório o esforço do Palácio do Planalto para impedir o avanço da comissão sobre as falhas do governo federal no combate à pandemia no Brasil. Além de trabalhar para que a investigação mire na destinação de recursos federais a estados e municípios, o governo também atua para reduzir o impacto de temas como a demora para a compra de vacinas; o desestímulo ao distanciamento social; e a defesa do tratamento precoce, mesmo sem amparo científico. Para isso, como ficou demonstrado em requerimentos redigidos por uma assessora dentro do Planalto, usa a estratégia de convocar médicos que defendam as teses do governo. O plano é dificultar a tipificação de eventuais crimes relacionados a esses temas, que poderão subsidiar órgãos como a Polícia Federal (PF), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF). Se a punição pelo desvio de dinheiro público é be by Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)