

Criado em 1953 pela Vintners' Company para melhorar o padrão qualitativo e educacional no setor do vinho do Reino Unido, apenas seis dos 21 candidatos originais foram aprovados – criando as bases do que viria a ser o Institute of Masters of Wine (IMW), entidade que atribui aquele que é provavelmente o título mais difícil e cobiçado do mundo do vinho, materializado em duas singelas letras que o detentor pode ostentar em jeito de sobrenome: MW, ou seja, Master of Wine.
E se, à época, a taxa de aprovação era reduzida, hoje a malha é ainda mais fina: menos de 10% por ano. Por outro lado, o número de mulheres Master of Wine é substancialmente superior e o conjunto de nacionalidades dos candidatos também alargou. Mas, na realidade, dos cerca de 400 Master of Wine, a esmagadora maioria é britânica ou, pelo menos, anglo-saxónica ou, ainda, residente num local com essa matriz, o que diz muito sobre o perfil do curso – ou seja, é historicamente reservado para candidatos oriundos de países sem tradição vitivinícola.
Mas, como tudo, também esse elemento está a mudar. São cada vez mais, entre os cerca de 400 candidatos, aqueles que provêm de países do Novo e Velho Mundo dos vinhos. Entre nós, atualmente são dois que, tal como o apóstolo S. Tiago, percorrem o ‘caminho das pedras’, com vista a tornarem-se os primeiros