O que é ser razoável?

QUANDO FALAMOS SOBRE uma vitivinicultura com menos uso de produtos químicos, geralmente questionamos os produtores se eles usam práticas orgânicas ou biodinâmicas. No entanto, na França, especialmente na Borgonha, há alguns que “se esquivam” dessa questão apelando para um termo que nem sempre é muito bem explicado. Eles costumam dizer que aplicam a chamada “lutte raisonnée”, que numa tradução livre seria algo como “batalha racional” e que, no fundo, significa que eles tendem a evitar produtos químicos, mas, se (e quando) acharem necessário, utilizam.
Acredita-se que o termo tenha surgido na década de 1950, pouco após o boom da disseminação do uso de produtos químicos nas lavouras europeias – vendidos em larga escala com o intuito de aumentar a produção em solos devastados pela guerra, além de garantir os rendimentos para agricultores que já haviam sofrido durante anos com os conflitos e teoricamente não poderiam ver suas plantações arrasadas novamente por pragas. Até os anos 1940, a indústria de pesticidas, herbicidas e outros tantos produtos químicos para proteção de plantas alardeou seus benefícios e que tudo podia ser aplicado sem muito julgamento, contudo, logo as culturas mais delicadas, como a do vinho, perceberam os efeitos. E, assim, uma nova vertente passou a ser implementada.
Pensou-se então no que foi definido como “manejo racional de pragas agrícolas”, ou
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