TRIPAS E VINHO

Quando estava a fazer a minha formação em vinho e cozinha na Toscana, nos idos de 1997, fiquei totalmente seduzido pela cidade de Florença, com toda a sua coleção de obras de arte a céu aberto e no interior das mais fabulosas igrejas do mundo, dos museus de arrancar suspiros ou lágrimas, com o ritmo dos locais no meio de uma alucinante avalanche diária de turistas, os mercados de comida, os quais passei a conhecer banca por banca, as deliciosas lojinhas gastronómicas “alimentari”, os seus restaurantes, tascas ou “trattorie” e mesmo as “buche”, verdadeiros buracos ou bocas na parede de casas centenárias que oferecem “panini” recheados com todas as maravilhas que os toscanos sabem preparar como ninguém em Itália.
Mapeei e partilhei com muitos amigos brasileiros, na altura, desde onde comer o mais “strepitoso gelato”, o melhor “ragù” de javali, onde comprar o melhor azeite cru e explosivo da região ou a melhor seleção de vinhos antigos toscanos. Para mim era mais do que um prazer explorar a beleza excelsa daquela cidade que tanto ensinou ao mundo, através do Renascimento, sobre as artes, a filosofia, a ciência e mesmo a gastronomia.
You’re reading a preview, subscribe to read more.
Start your free 30 days