RAMOS PINTO

Para ver e ouvir
A casa amarela da Avenida Ramos Pinto, na marginal ribeirinha de Vila Nova de Gaia, tem já 313 anos. O museu que por lá se encontra possui alguns dos mais irreverentes e notáveis exemplares de marketing do vinho de finais do século XIX e princípios de XX, não fossem os fundadores da empresa adeptos de arte, tendo inclusive estado na criação do Museu Soares dos Reis.
Da arte nova à arte do blend, a Ramos Pinto é uma autêntica biblioteca para quem quer ir mais além no conhecimento do Vinho do Porto e da viticultura do Douro. Representa apenas 1% da quota de mercado dos Portos, mas tem um percentual muito maior de contributo para o entendimento da Região Demarcada. Provamos vinhos de exceção, recordamos momentos únicos de um historial de 140 anos, captamos pistas para o que de novo está a surgir. Outsider ou château, a Ramos Pinto segue um caminho muito próprio.

A história da Ramos Pinto dava uma biblioteca. Na verdade, a empresa até possui dois museus (em Gaia, na avenida homónima, e no Douro, em Ervamoira), mas as aventuranças do fundador e a obsessão pela terra das gerações posteriores são como que capítulos intermináveis de uma casa que sempre foi, em muitos aspetos, um “outsider”.
As páginas desta revista são manifestamente insuficientes para dedicar a atenção devida ao pioneirismo de quem criou, em 1880, a Ramos Pinto. Adriano, irmão mais novo de António, foi um pioneiro em várias frentes, muito em particular na
You’re reading a preview, subscribe to read more.
Start your free 30 days