HOMOSSEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA

“Ser gay era ser estúpido, era ser foleiro”
Rebecka Bolinder cresceu na vila de Aljezur, onde, garante, a homossexualidade ainda é tabu. Tem 24 anos e até aos 15 sempre assumiu que teria uma relação com alguém do sexo oposto. Antes disso, entre amigos, ser ‘gay’ chegou a ser insulto. “Ser gay era ser estúpido, era ser foleiro”, conta.
Foi quando saiu de Aljezur e começou a frequentar a escola secundária, em Lagos, que o cenário mudou. Conheceu pessoas homossexuais logo nas primeiras semanas de aulas e não ficou indiferente àquela realidade que, sem ser novidade nenhuma, não deixava de ser nova para ela. “Houve um na minha cabeça e comecei a pensar que talvez gostasse de mulheres.” Na verdade, em miúda, nunca chegou a ter nenhum namorado e não tinha tempo para grandes paixões. Lembra-se de uma paixoneta por um rapaz, mas sabe que pode não ter passado de um sentimento de admiração. “Acho que podia querer apenas ser mais como ele”, recorda. Dava-se, sobretudo, com rapazes e o tempo livre que lhe sobrava era passado a andar de , a jogar basquetebol ou a surfar. “Só comecei a ter mais amigas quando os rapazes com quem me dava
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